segunda-feira, 12 de julho de 2010

Muitas coisas pra contar

Enfim a nossa viagem chegou. Com todos os gastos na ponta do lápis e muita disposição, resolvemos montar as malas para a nossa trip de três dias pela ilha norte.

Com o nosso super Toyota Vitz alugado, fomos em direção à Rotorua para ver os gases saindo da terra. Pra começo de conversa, acreditem, dirigir do outro lado é realmente coisa de louco. Muito difícil.

A Carol mandou muito bem. Guiou quase todo o tempo e com coragem, até mesmo porque aqui se você anda que nem uma bichinha à cem quilômetros em uma estrada, você realmente corre o risco de levar uma bela buzinada. Testado e conferido pessoalmente! *Não sou gay.

Quando chegamos perto de Rotorua, nosso GPS simplesmente ficou doidão, nos mandando para uma fazenda e dizendo que aquilo era o centro da cidade. Fala sério, após tantos quilômetros de "andação", quando acontece uma coisa dessa a gente fica até triste. Tempo perdido! Mas foi rápido. Logo entraríamos na cidade, agora pelo caminho certo.

Chegamos, demos uma volta bem breve por conta dos atrasos e resolvemos partir rapidamente para Taupo para tentar aproveitar mais o resto do dia, afinal, o tempo estava corrido.

Chegando em Taupo, num frio e numa ventania das Arábias, alugamos um Backpacker para passar a noite, daí, com aquecedor no quarto e lençóis elétricos tudo ficou mais aconchegante. Chega de tomar gelo na cara!!!

Gente, no dia seguinte paramos para tirar algumas fotos. Incrível. Taupo tem um lago tão grande, tão grande, que tem onda. E esse lago "mar" na verdade é um baita de um vulcão que foi cheio pelas chuvas. "Medonho, bicho!". E mais: Recentemente fiquei sabendo que as cidades de Taupo e Rotorua são os lugares de maior intensidade vulcânica desse país, localizadas no chamado cinturão de fogo do pacifico. Amados, imaginem o medo. Dizem que é certo de que tudo isso aqui vai pelos ares a qualquer momento. Um ano, cinqüenta, mil, enfim, vai ter um sapatinho de fogo, isso se Jesus não voltar antes.

Dali fomos para as "Crateras da lua". Uma reserva toda feita de vulcões ativos, com enxofre para todos os lados e águas borbulhantes. Eu achei "Duca Tambascos". Falar que foi legal vai parecer redundância.

Resumindo, pela estrada afora, após essa novidade esfumaçada, aliás, bem melhor dos que a fumaça dos maconheiros que moram comigo, conhecemos o tão famoso Ruapehu e suas "irmãs". Um vulcão coberto de gelo dentro de uma junção de vários montes e montanhas. Indescritível. Perfeito. E outra: Essa foi a locação original para uma parte grande das filmagens dos filmes do seu anel. Experiência impagável. Tudo bem que a nossa bateria acabou, mas tudo se resolveu. Nada como Deus mandando anjos na estrada com cabos de chupeta nas mãos.

Entre estações de esqui, neve caindo e orcs por todo lado, me senti o Gandalf brasiliense.

Daí voltamos para Taupo, passamos mais uma noite, agora em outro Backpacker porque o outro já não tinha mais vaga, saímos cedo e tratamos de ir para Tauranga, também cenário de algumas cenas do filme do douradinho de Mórdor. Nessa manhã tinha geado e as neblinas eram como que em um filme de RPG. De fato, acho que nunca vi nada igual. Ah, antes que eu me esqueça, depois disso, no caminho, como Rotorua estava quase que dentro do percurso, passamos em um parque de animais que fica lá perto, para passar a mão em leão, da pra acreditar? Eu já peguei em um filhote de leão!!! Lá demos comida para renas, burrinhos, cangurus, isso tudo na mão. Cara, muito bom!

Bom, voltando para o percurso, chegando a Tauranga vimos o por do sol mais bonito que eu já vi na vida. Barrou o de Brasília. Subimos em algumas rochas sobre o mar para tirar fotos e apreciar a criação do Pai. Esse dia foi mágico. Assim, bom, imaginem eu, Dutyzinho, aquele bem versátil e radical, subindo rochas sobre o mar. Foi um cagaço chocrível! Tudo por uma foto.

Pegamos conchas na praia, conversamos, respiramos ar fresco e voltamos à noite para Auckland. Sobre dirigir à noite, bem, não aconselho muito. É razoavelmente perigoso. Acho que não faríamos novamente.

Grande beijo. Saudades, Duty.



segunda-feira, 5 de julho de 2010

Misto

Resolvi intitular esse texto como misto por conta das novidades boas e ruins que vieram até mim por essa semana.
Soube que meu avô, pai da minha mãe, está com câncer na próstata e também nos ossos. Isso de fato me deixou sem graça diante de tantas coisas boas que vem me acontecendo aqui do outro lado do mundo, começando por essa grande oportunidade de simplesmente estar por essas bandas tão longínquas. Infelizmente meu querido avô irá passar por barras complicadas, mas por outro lado tento me lembrar, mesmo em meio às lágrimas e lágrimas, da força que aquele cara tem e da compreensão mega resolvida que ele carrega consigo em relação à morte. Não obstante, independente de qualquer coisa, peço suas orações para Deus curá-lo, se assim Ele quiser.
Mudando completamente de assunto, e voltando para o assunto principal do blog, gostaria de compartilhar sobre o passeio de barco que pude ter com a Carol, e inclusive patrocinado por ela, nas ilhas próximas de Auckland. Amigos, vimos golfinhos como aqueles dos filmes, pulando como seres que querem ser fotografados, como se fossem criaturas cientes da significação do termo vaidade. Fantástico. Oportunidade única, ainda mais em meio ao gelado pacífico.
Em breve, creio que depois de amanhã, iremos conhecer a "Montanha de Mórdor". Vocês se lembram? Senhor dos Anéis? Pois então, iremos conhecer a montanha de gelo que fica ao norte, cenário da trilogia "Senhor dos Anéis". Será que vou ver um anão guerreiro? Será que estou contente?
Tive alguns atrasos nas postagens mas devo escrever nos respectivos dias passados nessa semana para corrigir esse delay. Forte abraço, obrigado pelas orações e é isso aí, a gente provavelmente se esbarra em outubro ou novembro. Saudades, Duty.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Nova rotina

A Carol chegou e muito bem. Disse que teve um probleminha ou outro com as malas, mas isso é normal. Graças a Deus ela chegou vivinha e linda como sempre.

Eu, que estava todo apreensivo pensando em como iria buscá-la tão longe acabei por receber uma baita ajuda do meu anjo humano chamado Tony. O cara mais uma vez foi perfeito. Maravilhoso. Acordou de madrugada para nos conduzir, e de bom humor! "É longe bicho!".

Logo quando chegamos nos despedimos do barbudo gente fina pra caramba e resolvemos então não dormir. Isso de fato foi legal porque deu para mostrar um pedação da cidade. Todavia, ambos já estavam podres de cansados e isso também nos trouxe conseqüências. Uma delas foi uma gripe cavalar que eu peguei por baixa resistência somando-se com uma baita enxaqueca da Carol. Tadinha, quase teve um treco de tanta dor.

O clima agora se revoltou de verdade. Chuvas e chuvas, casamentos de viúvas e nada de sol com sol alguma coisa de girassol.

Já comentei do Brasileiro que chegou? Pois bem, quase que simultaneamente com a Carol, um dos do Oriente Médio saiu para a entrada de um brasuca de 18 anos. Esse novo cara se chama David. É! David! Não, ele não é necessariamente um brasileiro importado, mas até que parece olhando de perto.

As contas começaram a chegar. Minha energia subiu dos esperados trinta para setenta dólares! Pudera, os outros flat mates cozinham demais e tudo aqui é feito com resistência. Meu pai envelheceria em dobro administrando um apê desses vendo tantos equipamentos fazendo calor. Vai, tudo bem que o frio chegou e que os aquecedores de quarto também chegaram, mas é isso aí, fazer o que...

Amigos, vou indo. Peço desculpas se demorar entre uma postagem ou outra. Às vezes algum compromisso aparece e acabo deixando para depois. Obrigado pela atenção, saudades.

Forte abraço, Duty.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Novidade

Em poucos dias a Carol chegará para me fazer um cara mais contente. Ela virá pela Lan e desde já estou me preparando para acordar de madrugada para ir busca-la no aeroporto. Não sei bem ao certo se irei busca-la de ônibus ou se terei ajuda de alguém, mas tudo dará certo, se Deus quiser.

A cada dia fico mais amigo dos flatmates. Que seja compartilhando as mágoas com as músicas turcas que tocam o dia todo na solidão do Serrat, ou pelas conversas já cheias de fumo do Amulet. De fato, são pessoas bem diferentes, mas a cada dia aprendo a ama-los como irmãos, respeitando suas tradições e diferenças.

Aprender a dividir contas, louças, fazer as vaquinhas das coisas da casa e tudo mais, são aprendizados que irei carregar para toda a minha vida. Aqui é assim, cada um com sua história, e ao mesmo tempo, num mesmo pacotão que a vida tratou de ofertar.

No mais é isso, sem muitas novidades.
Paz de Cristo,
Duty.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Indiana Jones

Julgo essa postada bem importante e espero que você leia e reflita.

Por esses dias inventei de conversar com meu Flat mate da Turquia sobre cristianismo. Não sei bem ao certo de onde veio essa idéia ou de onde veio esse ponta pé inicial. Só sei que conversa vai conversa vem, o turco não hesitou em mostrar seu tapetinho de adoração e seus apetrechos para guiá-lo à Meca.

O papo foi então ficando mais cabeludo, ele começou a discutir de verdade e a dizer que a religião dele estava certa. Nessa hora comecei a ficar meio com medo, porque de fato estou a muitos quilômetros do meu Brasil amado e das pessoas que tanto poderiam me ajudar de uma forma “até mais segura”. O pior estava por vir. De repente ele começou a falar sobre um tal de “Jin”. Falou que era um ser espiritual que poderia ser bom ou ruim, e que existia aos montes no país dele. Falou também que ele durante anos recebia a visita do “Jin” em sua casa, dessa forma, escutando os passos do bicho e vendo não apenas a silhueta como o corpo todo da criatura. Disse logo depois que num certo dia, quando ele e sua mãe viram o dito já pela manhã, na madrugada, ambos, simultaneamente foram acordados com todas as luzes ligadas ao mesmo tempo e todas as torneiras em potencia total. Tudo de uma vez, e pelo que entendi, eles ainda viram o ser saindo da residência como um ladrão andando na noite.

Amados, a veracidade do depoimento do cara me deixou reflexivo sobre a nossa vida espiritual. Pois bem, ainda tenho mais a contar para amarrar esse raciocínio mais ao final.

Um dia após o ocorrido, o Turco, que na verdade é até gente boa, na dele, falou sobre um livro de magia que é vendido no Oriente médio. Ele, na ocasião, ganhou de presente de um amigo, e dessa forma, logo após o recebimento do livro, começou a se sentir oprimido e com a vida amarrada. Foi também justamente nessa época que ele viu com mais intensidade o tal bicho e também começou a escutar de “alguém” o que iria acontecer no dia seguinte, como um adivinho faz. Bom, com toda essa carga de informação, fiz a minha parte dizendo a ele meu posicionamento sobre Jesus, sobre demônios e outras coisas acerca disso. Mas enfim, gente, foi terrível. Fica aqui meu depoimento para reflexão.

Vocês se lembram do indiano que me chamou para fotografar e cuidar de um projeto de comunicação? Pois então, uma baita furada. O cara é até gente boa e tal, mas acho que desde quando o conheci, nunca senti tanto cagaço nessa minha ínfima existência.

Outro dia, eram salvo engano oito horas da noite quando recebi uma mensagem me convidando para tirar fotos com algumas meninas modelos e tudo mais. Até ai tudo bem, fiquei bem contente e já fui imaginando as lindas fotos que iria adquirir com tal convite. Resumindo, o cara chegou aqui, me pegou, me levou para o carro, me apresentou outro cara que estava no carro, o outro cara me elogiou até dizer chega até mesmo me reverenciando, dizendo que meu Flickr era espetacular e que ele nunca tinha visto nada igual, enfim. Na hora que eu entrei no carro me deu um frio no coração tão grande que pensei: “Meu Deus, eu vou ser estuprado, fatiado e comido com molho de tomate. Esses caras vão colocar uma arma na minha cabeça e me mandar fazer de tudo num matagal!” Ali, de fato, comecei a me sentir como um boi indo para o abate já sabendo que iria morrer. Gente, é a pior sensação do mundo, provavelmente.

Bom, continuando o resumo, os caras me levaram na verdade para um monte todo escuro, bebendo cervejas e rindo da vida. Lá tirei as fotos como prometido. Dali, me chamaram para jantar num restaurante indiano. Quando cheguei ao restaurante pensei outra coisa: “Agora sim ferrou. Essa é a hora do “boa noite cinderela”, do estupro e do meu corpo sendo achado fatiado nas geladeiras dos indianos esquisitos” Amados, acreditem, essa de fato ainda não foi a pior parte. A pior mesmo viria com o convite de tirar fotos em uma estrada, duas horas de carro às duas horas da manhã!

Dali em diante neguei tudo, falei que não daria, mandei mensagens desesperadas no banheiro para os amigos de Auckland, bom, só sei que cheguei em minha casa vivo e virgem de bumbum e isso foi a graça de Deus sendo mais uma vez revelada porque nada aconteceu. Livramento total.

Dias se passaram e eu logicamente fui pesquisar a ficha do indiano. Lá na escola me falaram que ele não era gay, que era na verdade um narciso sonhador e fazedor de projetos. Falaram também para não me preocupar. Bom, com essa fiquei de certa forma mais relaxado.

Ontem, ele me chamou junto com o outro cara para visitar um vulcão chamado Rangi Toto. Vale pena procurar sobre ele no Google Earth, vocês vão gostar. Bom, chegamos lá no vulcão, escalamos aquele treco até o pico num cansaço ferrado de nove horas andando e logicamente tirando trilhares de fotos. Pra vocês terem idéia, só lá tirei mais de mil e quinhentas fotos. É lindo e de se ficar de boca aberta. É indescritível estar na boca de um vulcão. Pois bem, quando resolvemos descer, o horário começou a correr e o ultimo Barco já estava para sair. Amigos, eu nunca corri tanto na minha vida! Eu corri com quilos de equipamentos na mochila mais rápido que o Forest Gump. E o tempo correndo e correndo.

Quando avistamos uma plaquinha, vimos um aviso assim: “Barco para Auckland: duas horas de quarenta e cinto minutos”. Pense em alguém que ficou quase que cardíaco! Observem as “fezes no vaso”: O Indiana Jones aqui, dois indianos que não tem nada de Jones, uma chuva do pacífico que estava começando a se revelar entre as nuvens, um vulcão isolado da civilização, nenhuma comida ou água para sobreviver, dormindo sobre pedras vulcânicas e o som dos bichos de “Lost” vindo nos devorar.

Essa sim barrou todas as travações bundísticas nessa tripa chamada país.

Graças, graças, e repito, graças a Deus chegamos á tempo de acenar e pedir socorro para voltar para casa. O barco então desligou os motores e nos esperou chegar antes da partida. Meu pé estava mais velho e destruído que pé de avestruz, e meu cansaço estava pior que dor de viado com soluço ao mesmo tempo. Ah!!!

Estou pensando em fazer cartões para ser adestrador de cães e faturar alguma grana. Aqui é difícil trabalhar com isso, mas vou tentar. Dias atrás fui pedir ajuda por e-mail para alguns grupos na internet e só levei na cara. Coisas do tipo “Cansei de carregar os outros, procure você mesmo informações e se vire”. Ou, “Me desculpe, não posso ajudar você” foram as respostas que recebi. Aqui os Kiwis abriram por anos as pernas para a China e Índia porque esses países investem muito aqui dentro. Todavia, com essa crise, os próprios Kiwis se viram sem emprego porque as vagas já estão ocupadas pelos de fora. Resultado: Vai, toma!

Inclusive isso seria uma excelente tese de monografia. No passado os Ingleses tomaram as terras dos Maoris usando suas forças de combate na bala mesmo. Crianças, velhos, jovens. Todos mortos. Hoje, os branquelos estão perdendo sua identidade. Você vê vinte Kiwis de cem pessoas andando num cruzamento. O resto? Só oriental e os do oriente médio montados em seus poços de petróleo particular.

Outra pra não esquecer: Muitos árabes são um bando de babaca. Vem pra cá com um subsidio mensal de em torno de três mil dólares para estudar alguma coisa, fazer festinhas regadas a Vodka de oitenta dólares e voltar para o país deles sorrindo para trabalhar. Essa é também uma realidade de Auckland e do mundo. Mas, logicamente, sempre existem as laranjas podres e as “que prestam”. Seja em qualquer lugar, etnia, povo, religião, que seja. Abraços, vou indo, orem por mim, saudades!

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Mais uma vez aqui

Olá, amados amigos.

Parece uma peça de Deus para comigo diante do que ando comentando abertamente sobre parâmetros de xenofobia justificáveis, mas acredite, um indiano professor da escola na qual estudo, me chamou para fazer parte de um projeto voluntário, realizando toda a parte de comunicação visual, incluindo fotografia e pós-produção, para um novo brinquedo patenteado quase que mundialmente por um de seus alunos. Que fera!

Será Deus tratando o pobre pecador?

Muitos me acham muito crítico e de fato, às vezes sou mesmo e tenho que me policiar para ser mais pacificador e não um causador de facções. Todavia, espero que meus comentários desgarrados não sejam também muito levados à risca quando falo cheio de dedos tendo como tema um povo, por exemplo. Logo, ponderem e retenham apenas o que for bom e aceitável como experiência, veracidade e peito, porque quando me enraiveço e começo a falar só Jesus na causa pra entender e perdoar.

Não mudei de nível. De fato, quem mudou de nível foi o meu professor. Ele foi colocado em outra turma por uma questão de organização da AWI. Todavia, essa questão de nível aqui não funciona muito não. E tem outra, não que eu seja gay, mas admitindo por que é mesmo, que o novo professor é todo bonitão. Se eu fosse mulher eu estaria doida agora mesmo, até porque ele tem a mesma idade que eu. Tirando o fato físico, ele é bem tranqüilo, aberto, um pouco sem didática, mas bom professor.

Não vou reclamar da saudade por que já ficou chato e redundante.

Nesse final de semana fui a um Pub com dois amigos “tomar uma”, como dizem normalmente os malas por ai. Não se espantem comigo! Não me tornei um ébrio e beberrão, apenas bebo um copo só para refrescar os ânimos e aos finais de semana. Os diferentes gostos de cervejas são bem convidativos, tirando o preço que para uma cerveja acho caro. Em torno de cinco dólares. Foi tri legal. Quatro bandas de metal pesado tocaram e eu pulei que nem uma criança. Segui na hora aquele lema: “Quem está na chuva tem que se molhar” e realmente não me arrependo. Tem uma foto do evento no meu Flickr. www.flickr.com/meuamigolucas/show

A igreja aqui está praticamente morta. E agora é a hora eu começo a me arretar, portanto, lembrem-se que não é nada pessoal e sim geral. Voltando, no todo, acho que sim. As denominações não estão passando muito de resistências de gueto, defendendo o agora e se esquecendo do futuro. Deixam de ter visão e acabam por perder em médio e longo prazo gerações que já não ligam para a onda de ser crente como a melhor idéia que existe. Essa estória parece familiar a vocês? Se parece com nosso cenário? Pois bem. Salve Edir Macedo e Bispo Rodovalho! Grandes empreendedores visionários! Tem é que prosperar mesmo, infelizmente. Bem feito é pra gente e coitado é o povo que não sabe um terço da teoria que a gente sabe sobre Cristo. Pena! Somos às vezes um bando de “bocó” que não consegue deixar de gastar duas importantes horas preferindo decidir se devemos ou não desmembrar gente que já está se lixando para a igreja há muito tempo. Ou quem sabe gastar uma manhã inteira com uma líder senhora ortodoxa que eu não vou dizer quem é por ordem e decência, encrencando feiamente se devemos ou não usar nos cânticos acentuações diferentes para Jesus. Ah, vai pentear macaca! Saia da igreja, vá à um confessionário e veja se funciona! Tem gente morrendo! Tem gente morrendo dentro da igreja! Tem gente que só precisa do amor e não de uma “MERcadoria” de acento! Perguntem pra ela o que é entregar uma sopa segunda-feira para ver o que ela responde. A não ser que eu esteja muito enganado e esteja julgando a moça por uma batatada dita, aí tudo bem. Um salve para os fazedores da bendita e os entregadores! Fabinho, Torres, Mariana, Rogério, Andréia Gustavinho, Cadu, enfim, tanta “pouca” gente que de fato realmente faz alguma coisa para fazer o reino andar pra frente e não apenas aparar o que já está dentro. Essa cabeça que a gente carrega cheia de preconceitos do tipo: “Eu não gosto de Crombie porque não falam Jesus em suas letras” me enoja e ai fica difícil não ser chato também. Num outro país iria então todo mundo possivelmente dar um tiro na cabeça vendo as diferentes culturas e os outros contextos. Ridículo e hipócrita! E nem venham usar perguntas de efeito do tipo “E você Duty? O que tem feito para mudar esse contexto?” No meu entender, isso é teologia de caminhão e nada mais.

Pra fechar com tom de um deboche lícito, e já sacando que eu praticamente me contradisse agora a pouco por pedir a Deus mais reações pacificadoras, (risos), termino escrevendo um trecho do velho e bom escritor Mário Quitanda de Azevedo Mota, mais conhecido como Josh, o homem que calculava:

“Nóis capota, mais num breca!”

Abraço, perdoem a franqueza de sempre, retenham o humor descompromissado e o resto que realmente prestar. Fiquem com Deus! Dutyssan.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Eita ferro!

Se eu já comentei, vou comentar novamente. De fato, hoje eu entendo quem é um pouquinho xenofóbico. Após longos dias escutando em média quatro laptops tocando musica indiana o dia todo no pé do ouvido, eu comecei a variar. Hoje simplesmente não consigo ficar muito tempo com indianos. Quase todos cheiram mal, são folgados, invasivos, enfim, pra vocês terem idéia, eles ficam olhando o que você faz no computador ao lado, mandam você sair do lugar que eles querem sentar, enfim, não dá. Tentei, tentei, mas não ta dando! Cacetada! Só falando assim...

Não recordo se já trouxe á tona, mas eu me mudei para a cidade. Estou morando com dois caras do Sirilanka e um turco. Essa experiência é impagável. No primeiro dia eu cheguei já botando banca de limpeza, por que se deixar, a galera dorme na caca. Comprei três esguichos de Ajax e mandei ver no banheiro, no quarto, enfim. Coloquei a mão em bosta de gringo que devia estar ali há dois anos, mas fiquei feliz com o resultado. O banheiro, e o meu quarto, ambos ficaram limpos como o banheiro da minha casa. Perfeito. Já no segundo dia eu coloquei avisos impressos nas paredes sobre dar descarga, limpar a louça, etc. Parece que está funcionando desde então. Os caras são legais e carregam consigo uma vida muito diferente no país deles. Com o que irei contar a vocês da pra sacar que realmente a gente vive e tem uma cabeça normalmente muito medíocre em relação ao tamanho desse planeta chamado Terra. Bom, a pouco, conversando com eles em inglês, na sala, soube que o Sirilanka ficou em guerra por vinte e seis anos e só foi liberto há poucos anos. Pelo que me lembro parece que foi há dois anos. Um deles contou que a primaveras atrás estava ao lado do carro oficial de um dos primeiros ministros que simplesmente explodiu por um homem bomba. Pedaços e mais pedaços de gente ficaram esparramados no chão e ele até hoje se recorda do barulho de morte, conseqüência da bomba que fez tudo voar pelos ares. Ambos contaram sobre entes queridos que morreram nessa guerra e conversar com eles me fez de fato quase chorar. Incrível. Eu nunca iria imaginar que estaria ao lado de caras do Sirilanka. Já o turco contou sobre “se casar” na cultura dele. Lá, para eles, a mãe deve aprovar a noiva. E lá eles tomam banho todos nus num chuveiro gigante todos os dias. Um dia mulheres outro dia homens. Então, num desses dias, a noiva do cara tem que ficar peladona lá para a mãe aprovar. Se ela for muito feia, baixinha, nariguda, sei lá, se ela não servir, é como se a palavra e a vontade da mãe do dito fosse totalmente definitiva, do tipo, não! Bom, soube também que lá eles tem uma baita treta com os próprios turcos. Parece-me que são duas etnias num mesmo lugar. Curdos e turcos. E muita gente morre por conta disso. Esse cara em questão é curdo, eu acho. Eu já não falo quase nada em inglês, esse cara então, não fala quase nada, daí, se entendi alguma coisa errada, desconsiderem quando vocês assistirem ao Discovery em breve.

Bom, outro dia eles me ofereceram uma pimenta em pasta feita pela mãe de um deles. Eu, todo feliz, fui lá comer contende e sorridente, quando de repente percebi na segunda garfada que iria perder meu tão esperado Miojo. Pense num fogo dentro da sua boca. Agora pense que foi ainda mais poderoso e ardido! Mas eu como sou Brasileiro e não desisto nunca, mandei pra dentro na hora. Suando e chorando de dor, mas mandei. Sô cabra macho, rapá!

Creio que sexta feira ou sábado passado fui à Takapuna para tirar algumas fotos da praia de lá. Gente, que lugar maravilhoso pra gente rica viver! Sabe aquela cena de filme? Dos labradores pegando a bolinha e nadando nas primeiras ondas á beira da praia? Foi muito bacana.

A saudade começou a me espancar como se fosse a coisa mais dolorida desse mundo. Isso eu sempre falo por aqui, mas é impossível não comentar em toda nova semana. Passei dias muito complicados nesse lugar, muito só, e querendo alguém para simplesmente ficar ao meu lado. Essa parte do desafio realmente é bem triste. Não creio que ficarei aqui mais do que seis meses. Até pode ser possível, mas ficar longe do Brasil é muito froid. É engraçado. Depois de quase dois meses até problema da pra arrumar. Outro dia fiquei pau da vida com um chinês que nunca coloca os preços nas coisas do mercadinho dele. Daí outro dia depois de colocar uns sete produtos sem preço na mesa eu só acabei por comprar apenas um. Ai ele me perguntou: Você não ia levar isso? Ai eu disse: Não! Eu vim perguntar o preço. Cara, você tem que botar preço nos seus produtos! Todas às vezes eu tenho que retirar quase todos os produtos da prateleira e trazer até você para fazer essa conferencia. Hoje esse problema é seu. Falei mesmo! Dei uma de babaquinha. Poxa, já era a quarta vez! Todas às vezes eu tenho que pegar um bando de coisa e botar no lugar por que o cidadão não bota preço nas coisas! Qualé, jacaré! E ainda made in China! Esse veio com defeito, lóooogico!

Outro dia também o motorista todo xenofóbico e de mau humor não me esperou descer na parada. Cara, eu quase voei no pescoço dele. Ele escutou muito bem que eu ia descer e detalhe: Eu apertei o botão e ele me viu levantar. Enfim...

Sobre a AWI, e ainda nesse assunto de tretas ocorridas, tive outra insatisfação e resolvi escrever por e-mail. Segue abaixo o ensaio:

Dear Manager,

My name is Lucas, and I am a student of AWI. I am very satisfied with Racine and Luciana. They are good with me and every time that I need something, they are all ready to help me. So, congratulations, you did a best choice. The teacher, Peter, is very well too. Very patient, gentle and he’s a good teacher. BUT, the internet access here is lamentable and terrible. Doesn’t work into the classes, we don’t have spots of access in each flour to do this well, and in our class, we need use wi-fi to see some words or expressions in dictionaries or translators on the web, not to see bad things, boring our teachers like children. Today, our world need be connected, and to me, be here out of this connection is lose a vital part of my professional life time. You proms me connection and I cannot see this connection to do necessary things. In fourth flour, the AWI have only 5 bad computers that doesn’t work well, to a lot of students, and the students of business course was there all time, using and fighting to use that. Common, this is bad to your institute. It’s really bad. I am here in New Zealand, not in one bad poor country. What I will tell to my friends in Brazil or other countries? Don’t go to AWI? Don’t go to NZ? If I won’t see changes you will have a bad advertising of my part and of other students too. It’s real and this is a consequence, not a stupid bluster. This e-mail looks impolite, but, I am sad and unsatisfied.

I will wait solutions and your feedback. Thanks.

Past regards, Lucas.

Ah, outro dia eu vi pela primeira vez um crime aqui. E vi de perto. Mas foi coisa simples. Briga de mendigo. Alias, os dois únicos de Auckland. Sangue pra todo lado. Foi... bom, foi né. Eu só vi mesmo depois do ocorrido e até já estou pensando que pode ter sido uma cena de filme, porque aqui não tem crime...

Vocês não fazem idéia de como é complicado ficar morando em um quarto só pra você e não pensar em bobagem. Ficar só é triste e sozinho então, ninguém merece. E não é uma solidão necessariamente sexual do tipo preciso beijar na boca e fazer bobagens. É uma solidão de um simples abraço de alguém querido.

Bom, hoje eu escrevi a lot! Não vou escrever mais em inglês em respeito aos parentes e amigos que não entendem a língua e nem como chegar ao Google translate.

Saudade demais da conta! Duty.