segunda-feira, 31 de maio de 2010

Indiana Jones

Julgo essa postada bem importante e espero que você leia e reflita.

Por esses dias inventei de conversar com meu Flat mate da Turquia sobre cristianismo. Não sei bem ao certo de onde veio essa idéia ou de onde veio esse ponta pé inicial. Só sei que conversa vai conversa vem, o turco não hesitou em mostrar seu tapetinho de adoração e seus apetrechos para guiá-lo à Meca.

O papo foi então ficando mais cabeludo, ele começou a discutir de verdade e a dizer que a religião dele estava certa. Nessa hora comecei a ficar meio com medo, porque de fato estou a muitos quilômetros do meu Brasil amado e das pessoas que tanto poderiam me ajudar de uma forma “até mais segura”. O pior estava por vir. De repente ele começou a falar sobre um tal de “Jin”. Falou que era um ser espiritual que poderia ser bom ou ruim, e que existia aos montes no país dele. Falou também que ele durante anos recebia a visita do “Jin” em sua casa, dessa forma, escutando os passos do bicho e vendo não apenas a silhueta como o corpo todo da criatura. Disse logo depois que num certo dia, quando ele e sua mãe viram o dito já pela manhã, na madrugada, ambos, simultaneamente foram acordados com todas as luzes ligadas ao mesmo tempo e todas as torneiras em potencia total. Tudo de uma vez, e pelo que entendi, eles ainda viram o ser saindo da residência como um ladrão andando na noite.

Amados, a veracidade do depoimento do cara me deixou reflexivo sobre a nossa vida espiritual. Pois bem, ainda tenho mais a contar para amarrar esse raciocínio mais ao final.

Um dia após o ocorrido, o Turco, que na verdade é até gente boa, na dele, falou sobre um livro de magia que é vendido no Oriente médio. Ele, na ocasião, ganhou de presente de um amigo, e dessa forma, logo após o recebimento do livro, começou a se sentir oprimido e com a vida amarrada. Foi também justamente nessa época que ele viu com mais intensidade o tal bicho e também começou a escutar de “alguém” o que iria acontecer no dia seguinte, como um adivinho faz. Bom, com toda essa carga de informação, fiz a minha parte dizendo a ele meu posicionamento sobre Jesus, sobre demônios e outras coisas acerca disso. Mas enfim, gente, foi terrível. Fica aqui meu depoimento para reflexão.

Vocês se lembram do indiano que me chamou para fotografar e cuidar de um projeto de comunicação? Pois então, uma baita furada. O cara é até gente boa e tal, mas acho que desde quando o conheci, nunca senti tanto cagaço nessa minha ínfima existência.

Outro dia, eram salvo engano oito horas da noite quando recebi uma mensagem me convidando para tirar fotos com algumas meninas modelos e tudo mais. Até ai tudo bem, fiquei bem contente e já fui imaginando as lindas fotos que iria adquirir com tal convite. Resumindo, o cara chegou aqui, me pegou, me levou para o carro, me apresentou outro cara que estava no carro, o outro cara me elogiou até dizer chega até mesmo me reverenciando, dizendo que meu Flickr era espetacular e que ele nunca tinha visto nada igual, enfim. Na hora que eu entrei no carro me deu um frio no coração tão grande que pensei: “Meu Deus, eu vou ser estuprado, fatiado e comido com molho de tomate. Esses caras vão colocar uma arma na minha cabeça e me mandar fazer de tudo num matagal!” Ali, de fato, comecei a me sentir como um boi indo para o abate já sabendo que iria morrer. Gente, é a pior sensação do mundo, provavelmente.

Bom, continuando o resumo, os caras me levaram na verdade para um monte todo escuro, bebendo cervejas e rindo da vida. Lá tirei as fotos como prometido. Dali, me chamaram para jantar num restaurante indiano. Quando cheguei ao restaurante pensei outra coisa: “Agora sim ferrou. Essa é a hora do “boa noite cinderela”, do estupro e do meu corpo sendo achado fatiado nas geladeiras dos indianos esquisitos” Amados, acreditem, essa de fato ainda não foi a pior parte. A pior mesmo viria com o convite de tirar fotos em uma estrada, duas horas de carro às duas horas da manhã!

Dali em diante neguei tudo, falei que não daria, mandei mensagens desesperadas no banheiro para os amigos de Auckland, bom, só sei que cheguei em minha casa vivo e virgem de bumbum e isso foi a graça de Deus sendo mais uma vez revelada porque nada aconteceu. Livramento total.

Dias se passaram e eu logicamente fui pesquisar a ficha do indiano. Lá na escola me falaram que ele não era gay, que era na verdade um narciso sonhador e fazedor de projetos. Falaram também para não me preocupar. Bom, com essa fiquei de certa forma mais relaxado.

Ontem, ele me chamou junto com o outro cara para visitar um vulcão chamado Rangi Toto. Vale pena procurar sobre ele no Google Earth, vocês vão gostar. Bom, chegamos lá no vulcão, escalamos aquele treco até o pico num cansaço ferrado de nove horas andando e logicamente tirando trilhares de fotos. Pra vocês terem idéia, só lá tirei mais de mil e quinhentas fotos. É lindo e de se ficar de boca aberta. É indescritível estar na boca de um vulcão. Pois bem, quando resolvemos descer, o horário começou a correr e o ultimo Barco já estava para sair. Amigos, eu nunca corri tanto na minha vida! Eu corri com quilos de equipamentos na mochila mais rápido que o Forest Gump. E o tempo correndo e correndo.

Quando avistamos uma plaquinha, vimos um aviso assim: “Barco para Auckland: duas horas de quarenta e cinto minutos”. Pense em alguém que ficou quase que cardíaco! Observem as “fezes no vaso”: O Indiana Jones aqui, dois indianos que não tem nada de Jones, uma chuva do pacífico que estava começando a se revelar entre as nuvens, um vulcão isolado da civilização, nenhuma comida ou água para sobreviver, dormindo sobre pedras vulcânicas e o som dos bichos de “Lost” vindo nos devorar.

Essa sim barrou todas as travações bundísticas nessa tripa chamada país.

Graças, graças, e repito, graças a Deus chegamos á tempo de acenar e pedir socorro para voltar para casa. O barco então desligou os motores e nos esperou chegar antes da partida. Meu pé estava mais velho e destruído que pé de avestruz, e meu cansaço estava pior que dor de viado com soluço ao mesmo tempo. Ah!!!

Estou pensando em fazer cartões para ser adestrador de cães e faturar alguma grana. Aqui é difícil trabalhar com isso, mas vou tentar. Dias atrás fui pedir ajuda por e-mail para alguns grupos na internet e só levei na cara. Coisas do tipo “Cansei de carregar os outros, procure você mesmo informações e se vire”. Ou, “Me desculpe, não posso ajudar você” foram as respostas que recebi. Aqui os Kiwis abriram por anos as pernas para a China e Índia porque esses países investem muito aqui dentro. Todavia, com essa crise, os próprios Kiwis se viram sem emprego porque as vagas já estão ocupadas pelos de fora. Resultado: Vai, toma!

Inclusive isso seria uma excelente tese de monografia. No passado os Ingleses tomaram as terras dos Maoris usando suas forças de combate na bala mesmo. Crianças, velhos, jovens. Todos mortos. Hoje, os branquelos estão perdendo sua identidade. Você vê vinte Kiwis de cem pessoas andando num cruzamento. O resto? Só oriental e os do oriente médio montados em seus poços de petróleo particular.

Outra pra não esquecer: Muitos árabes são um bando de babaca. Vem pra cá com um subsidio mensal de em torno de três mil dólares para estudar alguma coisa, fazer festinhas regadas a Vodka de oitenta dólares e voltar para o país deles sorrindo para trabalhar. Essa é também uma realidade de Auckland e do mundo. Mas, logicamente, sempre existem as laranjas podres e as “que prestam”. Seja em qualquer lugar, etnia, povo, religião, que seja. Abraços, vou indo, orem por mim, saudades!

Um comentário:

  1. Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh nãoooo!!!
    Cade o post???
    O malandrão, o suiçoka apareceu aqui, aproveitou que hoje (dia 3) é feriado!
    Ai li num post ai q vc tava precisando de um abraço... vo avisar ao san! =p
    To gostando de ver, escreveu um email em ingles... isso ae rapa, aproveitar mesmo pra aprender!
    Po altas fotos iradas la no Flickr, foi com a camera de 8000dolares?
    Bjo no joelho!

    Julio

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