segunda-feira, 26 de julho de 2010

Readaptação

No começo a adaptação era para aprender a ficar sozinho. Depois, a adaptação foi para viver novamente com alguém conhecido, agora, sem a Carol, estou aprendendo a viver sozinho novamente.

A impressão que tenho é que a gente desaprende. Acreditem, em uma tarde não me agüentei e acabei por comer um pote inteiro de sorvete para afogar as mágoas. Graças a Deus eu não bebo e nem tenho fígado para isso. Deus é sábio.

Estou vendendo a minha câmera para comprar uma 50D da Canon. Uma câmera que tira 6,3 fotos em um único segundo. Vai ser uma experiência maravilhosa. Estou radiante porque sei que Deus vai me conceder essa bênção, cedo ou tarde.

O clima de Auckland está bem melhor. Quase não chove mais. Isso é providencial.

A escola está um xarope de uva, apesar de eu estar aprendendo uma gramática bacana, se é que eu posso dizer assim.

A vida dentro no apartamento, que num certo momento ficou insustentável, agora parece ter se ajustado mais. O Xbox que tanto não deixou a pobre da Carol dormir, com suas músicas altas e jogos alucinantes ás 3am, agora está sendo anunciado no Trademe. Graças a Deus, o flat mate precisou dessa grana. Tá vendo? Deus é sábio e bom. Muito bom. E fumar maconha é ruim, muito ruim.

Minha mãe provavelmente virá em outubro para dar o ar da graça. Acho que será bom pra cabeça dela, muito por conta da situação pesada que está ocorrendo com meu avô.

Sinto falta de louvar ao Senhor tocando meu instrumento. Isso faz falta até dentro da alma.

Beijos, saudades, Duty.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Um outro olhar

Esse post vai ser um pouco diferente porque quem vai escrevê-lo sou eu, Carol. Resolvi contar um pouquinho da minha impressão dessa viagem.

Bem, para começar são 2 horas da manhã e acabei de cortar o cabelo do Duty com máquina e tesoura. Ficou uma belezinha, parece ninho de rato. Algumas partes do cabelo me remeteram a viagem que fizemos aqui, praticamente a cratera de um vulcão. Rsrsrs.


A Nova Zelândia é simplesmente linda! Fica difícil saber o lugar mais bonito ou legal que fomos. Dá para saber o pior, sem dúvida o apê. Mas voltando as coisas boas posso falar dos parques tranqüilos e limpos, dos lagos repletos de aves e patos, dos passarinhos que comem na sua mão e dos banquinhos para tomar um sol gostoso e almoço à beira mar. Caramba, eu to aqui mesmo? Outra coisa muito boa foram os cachorros quentes diferentes...comi hot dog americano que era servido no palito com molho bem doce e um copo de chips, um dog no pão com bastante mostarda e um big alemão delicioso com salsicha de carneiro. Hum...acho que engordei comendo tanta besteira.


Cruzei com muitas pessoas simpáticas nas ruas, olhei muitas vitrines, comi em lugares muitoooo sujos e outros não tão sujos, tentei falar inglês (essa parte foi engraçada), tirei muitas fotos, vi a Copa do Mundo em pubs cheio de orientais e holandeses (a parte dos holandeses não foi legal) e me diverti pra valer. Por falar em me divertir, encontramos uma tirolesa fera D+. Tá que era brinquedo de criança, mas foi massa brincar lá. Parecíamos mesmo duas crianças com brinquedo novo, até o Duty se machucar e não ver mais tanta graça assim na aventura, rsrsrs.


Uma coisa muito boa foi como Deus em sua infinita sabedoria tocou o meu coração de várias formas aqui. Tive momentos impagáveis com meu Pai e O louvo por isso.


Por fim, estou indo embora em dois dias e a sensação que fica é, ”quero ficar mais um pouquinho aqui!”, hehehe. Mas tenho que voltar a realidade =). De qualquer forma, foi uma excelente experiência para minha vida, e se Deus permitir, quem sabe outros lugares me esperam... Beijos para todos e fiquem na paz de nosso Senhor Jesus Cristo.


Carol Guerreiro.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Opa

Carol indo embora essa semana, tempo corrido, enfim, até já soube que terça-feira ela vai dar o ar da graça para todos aqui no blog. Então é isso. Te esperamos amanhã nesse mesmo "bat local". Abraços, Duty.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Muitas coisas pra contar

Enfim a nossa viagem chegou. Com todos os gastos na ponta do lápis e muita disposição, resolvemos montar as malas para a nossa trip de três dias pela ilha norte.

Com o nosso super Toyota Vitz alugado, fomos em direção à Rotorua para ver os gases saindo da terra. Pra começo de conversa, acreditem, dirigir do outro lado é realmente coisa de louco. Muito difícil.

A Carol mandou muito bem. Guiou quase todo o tempo e com coragem, até mesmo porque aqui se você anda que nem uma bichinha à cem quilômetros em uma estrada, você realmente corre o risco de levar uma bela buzinada. Testado e conferido pessoalmente! *Não sou gay.

Quando chegamos perto de Rotorua, nosso GPS simplesmente ficou doidão, nos mandando para uma fazenda e dizendo que aquilo era o centro da cidade. Fala sério, após tantos quilômetros de "andação", quando acontece uma coisa dessa a gente fica até triste. Tempo perdido! Mas foi rápido. Logo entraríamos na cidade, agora pelo caminho certo.

Chegamos, demos uma volta bem breve por conta dos atrasos e resolvemos partir rapidamente para Taupo para tentar aproveitar mais o resto do dia, afinal, o tempo estava corrido.

Chegando em Taupo, num frio e numa ventania das Arábias, alugamos um Backpacker para passar a noite, daí, com aquecedor no quarto e lençóis elétricos tudo ficou mais aconchegante. Chega de tomar gelo na cara!!!

Gente, no dia seguinte paramos para tirar algumas fotos. Incrível. Taupo tem um lago tão grande, tão grande, que tem onda. E esse lago "mar" na verdade é um baita de um vulcão que foi cheio pelas chuvas. "Medonho, bicho!". E mais: Recentemente fiquei sabendo que as cidades de Taupo e Rotorua são os lugares de maior intensidade vulcânica desse país, localizadas no chamado cinturão de fogo do pacifico. Amados, imaginem o medo. Dizem que é certo de que tudo isso aqui vai pelos ares a qualquer momento. Um ano, cinqüenta, mil, enfim, vai ter um sapatinho de fogo, isso se Jesus não voltar antes.

Dali fomos para as "Crateras da lua". Uma reserva toda feita de vulcões ativos, com enxofre para todos os lados e águas borbulhantes. Eu achei "Duca Tambascos". Falar que foi legal vai parecer redundância.

Resumindo, pela estrada afora, após essa novidade esfumaçada, aliás, bem melhor dos que a fumaça dos maconheiros que moram comigo, conhecemos o tão famoso Ruapehu e suas "irmãs". Um vulcão coberto de gelo dentro de uma junção de vários montes e montanhas. Indescritível. Perfeito. E outra: Essa foi a locação original para uma parte grande das filmagens dos filmes do seu anel. Experiência impagável. Tudo bem que a nossa bateria acabou, mas tudo se resolveu. Nada como Deus mandando anjos na estrada com cabos de chupeta nas mãos.

Entre estações de esqui, neve caindo e orcs por todo lado, me senti o Gandalf brasiliense.

Daí voltamos para Taupo, passamos mais uma noite, agora em outro Backpacker porque o outro já não tinha mais vaga, saímos cedo e tratamos de ir para Tauranga, também cenário de algumas cenas do filme do douradinho de Mórdor. Nessa manhã tinha geado e as neblinas eram como que em um filme de RPG. De fato, acho que nunca vi nada igual. Ah, antes que eu me esqueça, depois disso, no caminho, como Rotorua estava quase que dentro do percurso, passamos em um parque de animais que fica lá perto, para passar a mão em leão, da pra acreditar? Eu já peguei em um filhote de leão!!! Lá demos comida para renas, burrinhos, cangurus, isso tudo na mão. Cara, muito bom!

Bom, voltando para o percurso, chegando a Tauranga vimos o por do sol mais bonito que eu já vi na vida. Barrou o de Brasília. Subimos em algumas rochas sobre o mar para tirar fotos e apreciar a criação do Pai. Esse dia foi mágico. Assim, bom, imaginem eu, Dutyzinho, aquele bem versátil e radical, subindo rochas sobre o mar. Foi um cagaço chocrível! Tudo por uma foto.

Pegamos conchas na praia, conversamos, respiramos ar fresco e voltamos à noite para Auckland. Sobre dirigir à noite, bem, não aconselho muito. É razoavelmente perigoso. Acho que não faríamos novamente.

Grande beijo. Saudades, Duty.



segunda-feira, 5 de julho de 2010

Misto

Resolvi intitular esse texto como misto por conta das novidades boas e ruins que vieram até mim por essa semana.
Soube que meu avô, pai da minha mãe, está com câncer na próstata e também nos ossos. Isso de fato me deixou sem graça diante de tantas coisas boas que vem me acontecendo aqui do outro lado do mundo, começando por essa grande oportunidade de simplesmente estar por essas bandas tão longínquas. Infelizmente meu querido avô irá passar por barras complicadas, mas por outro lado tento me lembrar, mesmo em meio às lágrimas e lágrimas, da força que aquele cara tem e da compreensão mega resolvida que ele carrega consigo em relação à morte. Não obstante, independente de qualquer coisa, peço suas orações para Deus curá-lo, se assim Ele quiser.
Mudando completamente de assunto, e voltando para o assunto principal do blog, gostaria de compartilhar sobre o passeio de barco que pude ter com a Carol, e inclusive patrocinado por ela, nas ilhas próximas de Auckland. Amigos, vimos golfinhos como aqueles dos filmes, pulando como seres que querem ser fotografados, como se fossem criaturas cientes da significação do termo vaidade. Fantástico. Oportunidade única, ainda mais em meio ao gelado pacífico.
Em breve, creio que depois de amanhã, iremos conhecer a "Montanha de Mórdor". Vocês se lembram? Senhor dos Anéis? Pois então, iremos conhecer a montanha de gelo que fica ao norte, cenário da trilogia "Senhor dos Anéis". Será que vou ver um anão guerreiro? Será que estou contente?
Tive alguns atrasos nas postagens mas devo escrever nos respectivos dias passados nessa semana para corrigir esse delay. Forte abraço, obrigado pelas orações e é isso aí, a gente provavelmente se esbarra em outubro ou novembro. Saudades, Duty.