segunda-feira, 12 de julho de 2010

Muitas coisas pra contar

Enfim a nossa viagem chegou. Com todos os gastos na ponta do lápis e muita disposição, resolvemos montar as malas para a nossa trip de três dias pela ilha norte.

Com o nosso super Toyota Vitz alugado, fomos em direção à Rotorua para ver os gases saindo da terra. Pra começo de conversa, acreditem, dirigir do outro lado é realmente coisa de louco. Muito difícil.

A Carol mandou muito bem. Guiou quase todo o tempo e com coragem, até mesmo porque aqui se você anda que nem uma bichinha à cem quilômetros em uma estrada, você realmente corre o risco de levar uma bela buzinada. Testado e conferido pessoalmente! *Não sou gay.

Quando chegamos perto de Rotorua, nosso GPS simplesmente ficou doidão, nos mandando para uma fazenda e dizendo que aquilo era o centro da cidade. Fala sério, após tantos quilômetros de "andação", quando acontece uma coisa dessa a gente fica até triste. Tempo perdido! Mas foi rápido. Logo entraríamos na cidade, agora pelo caminho certo.

Chegamos, demos uma volta bem breve por conta dos atrasos e resolvemos partir rapidamente para Taupo para tentar aproveitar mais o resto do dia, afinal, o tempo estava corrido.

Chegando em Taupo, num frio e numa ventania das Arábias, alugamos um Backpacker para passar a noite, daí, com aquecedor no quarto e lençóis elétricos tudo ficou mais aconchegante. Chega de tomar gelo na cara!!!

Gente, no dia seguinte paramos para tirar algumas fotos. Incrível. Taupo tem um lago tão grande, tão grande, que tem onda. E esse lago "mar" na verdade é um baita de um vulcão que foi cheio pelas chuvas. "Medonho, bicho!". E mais: Recentemente fiquei sabendo que as cidades de Taupo e Rotorua são os lugares de maior intensidade vulcânica desse país, localizadas no chamado cinturão de fogo do pacifico. Amados, imaginem o medo. Dizem que é certo de que tudo isso aqui vai pelos ares a qualquer momento. Um ano, cinqüenta, mil, enfim, vai ter um sapatinho de fogo, isso se Jesus não voltar antes.

Dali fomos para as "Crateras da lua". Uma reserva toda feita de vulcões ativos, com enxofre para todos os lados e águas borbulhantes. Eu achei "Duca Tambascos". Falar que foi legal vai parecer redundância.

Resumindo, pela estrada afora, após essa novidade esfumaçada, aliás, bem melhor dos que a fumaça dos maconheiros que moram comigo, conhecemos o tão famoso Ruapehu e suas "irmãs". Um vulcão coberto de gelo dentro de uma junção de vários montes e montanhas. Indescritível. Perfeito. E outra: Essa foi a locação original para uma parte grande das filmagens dos filmes do seu anel. Experiência impagável. Tudo bem que a nossa bateria acabou, mas tudo se resolveu. Nada como Deus mandando anjos na estrada com cabos de chupeta nas mãos.

Entre estações de esqui, neve caindo e orcs por todo lado, me senti o Gandalf brasiliense.

Daí voltamos para Taupo, passamos mais uma noite, agora em outro Backpacker porque o outro já não tinha mais vaga, saímos cedo e tratamos de ir para Tauranga, também cenário de algumas cenas do filme do douradinho de Mórdor. Nessa manhã tinha geado e as neblinas eram como que em um filme de RPG. De fato, acho que nunca vi nada igual. Ah, antes que eu me esqueça, depois disso, no caminho, como Rotorua estava quase que dentro do percurso, passamos em um parque de animais que fica lá perto, para passar a mão em leão, da pra acreditar? Eu já peguei em um filhote de leão!!! Lá demos comida para renas, burrinhos, cangurus, isso tudo na mão. Cara, muito bom!

Bom, voltando para o percurso, chegando a Tauranga vimos o por do sol mais bonito que eu já vi na vida. Barrou o de Brasília. Subimos em algumas rochas sobre o mar para tirar fotos e apreciar a criação do Pai. Esse dia foi mágico. Assim, bom, imaginem eu, Dutyzinho, aquele bem versátil e radical, subindo rochas sobre o mar. Foi um cagaço chocrível! Tudo por uma foto.

Pegamos conchas na praia, conversamos, respiramos ar fresco e voltamos à noite para Auckland. Sobre dirigir à noite, bem, não aconselho muito. É razoavelmente perigoso. Acho que não faríamos novamente.

Grande beijo. Saudades, Duty.



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